quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Por um firme e forte corpo escolar


                                     

Durante os debates tenho recorrentemente falado na unidade da escola,  ou seja, no reconhecimento de que estamos nós, docentes, discentes, técnicos administrativos e servidores terceirizados trabalhando por um objetivo comum: a melhor escola, em todas as dimensões.
Recorrentemente, também, tenho recebido relatos de conflitos e, aparentemente, desigualdades que desfavorecem a constituição de um efetivo “corpo escolar”.
Fala-se em conflitos entre “áreas”, cursos e “segmentos” , e negar a existência desses relatos não parece a melhor postura para um candidato a Diretor Geral, dado que eles vem sendo reiterados a cada debate e a cada visita às salas de aula!!!

Abaixo são elencadas algumas propostas concretas e, na sequência, os motivos pelas quais acredito que elas sejam necessárias.

O que fazer??

1) Zelar pela postura democrática e de valorização  e respeito ao conhecimento, história de vida e expectativas de cada membro de nossa comunidade escolar

2) Combater o sentido histórico atribuído às palavras “ÁREA” e “SEGMENTO.

3) Fomentar discussão sobre missão e objetivos dos Institutos Federais, bem como de seu funcionamento.

4) Discussão verdadeiramente democrática do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)

5) Garantir a construção efetivamente coletiva  e interdisciplinar dos Projetos Pedagógicos de Curso (PPCs)

6) Acompanhar, junto às Coordenadorias de Pesquisa e Extensão, os projetos desenvolvidos e incentivar a proposição de projetos que abarquem o maior número de áreas de conhecimento possível.

7) Proporcionar mais oportunidades de integração e convivência.

Por que fazer??

1) Acredito que o exemplo é estratégia poderosa de mudança e convencimento e que deve partir de todos, especialmente  das representações como gestores, Grêmio Estudantil e Diretório Acadêmico.  

2) Quando cheguei ao Instituto Federal, em novembro de 2010, realizávamos as chamadas “reuniões de área”. Eu mesma cheguei a ser Coordenadora da “Área” de Educação Básica. Raríssimas eram as oportunidades de tratarmos sobre os cursos e a escola, de maneira mais ampla e coletiva. Olhando para essa forma de organização que, cabe destacar, ainda não faz parte integral de nosso passado, enxergo-a como um enorme desserviço à constituição do “corpo escolar” que aqui tenho defendido. O mesmo vale para a palavra “segmento” para referir-se a docentes, técnicos-administrativos e docentes, que acabou, historicamente, por criar espaços distintos de discussão e descolados entre si. Nesse sentido, as Reuniões de Curso e a criação de espaços de discussão que aproximem, periodicamente, as diferentes representações de nossa Instituição, tornam-se urgentes.

3) Ainda que existam boas (mas recentes) iniciativas institucionais no sentido de acolhimento aos novos servidores, é notório que a não compreensão e apropriação da missão e dos objetivos dos Institutos Federais é fonte de divergências e embates que poderiam ser esclarecidos através de reflexões mais efetivas sobre nossa realidade. O mesmo vale para nosso funcionamento: o desconhecimento do trabalho e das dificuldades enfrentadas por cada servidor é comumente fonte de críticas mal direcionadas e desgastes que poderiam ser evitados.

4) O “participa quem quer”, desconectado de qualquer esforço real para que todos participem,  e o “decide quem está presente” precisam deixar de ser prática em nossa Instituição. O PDI é, a meu ver, excelente caminho para o diálogo entre toda a comunidade escolar e para a construção do sentimento de unidade.

5) Assim como o PDI, a elaboração dos PPCs deve ser, por excelência, momento de integração entre as diferentes áreas do conhecimento e discussão sobre os objetivos de nossos cursos e Instituição . Precisamos acabar com a prática de entender esses projetos como “cada professor faz sua ementa e juntamos tudo no final”.

6) A transparência é essencial para a real democracia, e esse princípio deve ser aplicado a todos os processos de nossa Instituição.


7) Precisamos criar mais espaços para o diálogo formal e institucional, mas também em contexto de lazer e confraternização. Acredito que, para além das iniciativas que já existem, a Associação de Pais e Mestres  será  importante aliada em mais esse aspecto.

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