Durante os debates tenho recorrentemente falado na unidade
da escola, ou seja, no reconhecimento de
que estamos nós, docentes, discentes, técnicos administrativos e servidores
terceirizados trabalhando por um objetivo comum: a melhor escola, em todas as
dimensões.
Recorrentemente, também, tenho recebido relatos de conflitos
e, aparentemente, desigualdades que desfavorecem a constituição de um efetivo
“corpo escolar”.
Fala-se em conflitos entre “áreas”, cursos e “segmentos” , e
negar a existência desses relatos não parece a melhor postura para um candidato
a Diretor Geral, dado que eles vem sendo reiterados a cada debate e a cada
visita às salas de aula!!!
Abaixo são elencadas algumas propostas concretas e, na
sequência, os motivos pelas quais acredito que elas sejam necessárias.
O que fazer??
1) Zelar pela postura democrática e de valorização e respeito ao conhecimento, história de vida e
expectativas de cada membro de nossa comunidade escolar
2) Combater o sentido histórico atribuído às palavras “ÁREA”
e “SEGMENTO.
3) Fomentar discussão sobre missão e objetivos dos Institutos
Federais, bem como de seu funcionamento.
4) Discussão verdadeiramente
democrática do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)
5) Garantir a construção efetivamente coletiva e interdisciplinar dos Projetos Pedagógicos de
Curso (PPCs)
6) Acompanhar, junto às Coordenadorias de Pesquisa e
Extensão, os projetos desenvolvidos e incentivar a proposição de projetos que
abarquem o maior número de áreas de conhecimento possível.
7) Proporcionar mais oportunidades de integração e convivência.
Por que fazer??
1) Acredito que o exemplo é estratégia poderosa de mudança e
convencimento e que deve partir de todos, especialmente das representações como gestores, Grêmio
Estudantil e Diretório Acadêmico.
2) Quando cheguei ao Instituto Federal, em novembro de 2010,
realizávamos as chamadas “reuniões de área”. Eu mesma cheguei a ser
Coordenadora da “Área” de Educação Básica. Raríssimas eram as oportunidades de
tratarmos sobre os cursos e a escola, de maneira mais ampla e coletiva. Olhando
para essa forma de organização que, cabe destacar, ainda não faz parte integral
de nosso passado, enxergo-a como um enorme desserviço à constituição do “corpo
escolar” que aqui tenho defendido. O mesmo vale para a palavra “segmento” para
referir-se a docentes, técnicos-administrativos e docentes, que acabou,
historicamente, por criar espaços distintos de discussão e descolados entre si.
Nesse sentido, as Reuniões de Curso e a criação de espaços de discussão que
aproximem, periodicamente, as diferentes representações de nossa Instituição,
tornam-se urgentes.
3) Ainda que existam boas (mas recentes) iniciativas
institucionais no sentido de acolhimento aos novos servidores, é notório que a
não compreensão e apropriação da missão e dos objetivos dos Institutos Federais
é fonte de divergências e embates que poderiam ser esclarecidos através de
reflexões mais efetivas sobre nossa realidade. O mesmo vale para nosso
funcionamento: o desconhecimento do trabalho e das dificuldades enfrentadas por
cada servidor é comumente fonte de críticas mal direcionadas e desgastes que
poderiam ser evitados.
4) O “participa quem quer”, desconectado de qualquer esforço
real para que todos participem, e o
“decide quem está presente” precisam deixar de ser prática em nossa Instituição.
O PDI é, a meu ver, excelente caminho para o diálogo entre toda a comunidade
escolar e para a construção do sentimento de unidade.
5) Assim como o PDI, a elaboração dos PPCs deve ser, por
excelência, momento de integração entre as diferentes áreas do conhecimento e
discussão sobre os objetivos de nossos cursos e Instituição . Precisamos acabar
com a prática de entender esses projetos como “cada professor faz sua ementa e
juntamos tudo no final”.
6) A transparência é essencial para a real democracia, e
esse princípio deve ser aplicado a todos os processos de nossa Instituição.
7) Precisamos criar mais espaços para o diálogo formal e
institucional, mas também em contexto de lazer e confraternização. Acredito
que, para além das iniciativas que já existem, a Associação de Pais e Mestres será importante aliada em mais esse aspecto.
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